‘Toque de recolher é decretado das 19h às 6h em Manaus’, diz governador do Amazonas, Wilson Lima
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), disse nesta quinta-feira, 14, que o Estado está passando pelo momento mais crítico da pandemia do novo coronavírus e que, para evitar novos casos, está decretado o toque de recolher na capital, das 19h às 6h. Em pronunciamento, o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, afirmou que a empresa que fornece o oxigênio para as unidades de saúde do Estado está tendo dificuldade para fornecer o produto, pois a quantidade triplicou durante este mês por conta do aumento de casos.
“Está sendo baixado ainda um decreto para autorizar apenas o transporte de cargas essenciais. Essas medidas que estão sendo tomadas são necessárias para preservar a vida da população. Estamos com um comitê funcionando 24 horas por dia para encontrarmos soluções para as pessoas que sofrem com isso”, disse o governador do Amazonas, Wilson Lima.
Marcellus Campêlo disse que o consumo de oxigênio já é maior que durante todo o primeiro pico da doença e que foi informado, ontem, pela empresa White Martins, que iria interromper o serviço por algumas horas e que o consumo triplicou durante os dez primeiros dias de janeiro.
“Nós estamos com o consumo acima de 70 mil metros cúbicos de oxigênio. Então, nós temos duas vezes mais consumo em relação ao mesmo período do ano passado. Nós fizemos o plano de contingência, considerando a elevação dos casos. Ontem à noite, nós fomos comunicados do colapso do plano logístico em relação a algumas entregas que estariam abastecendo a cidade de Manaus, o Estado do Amazonas, o que causará uma interrupção da programação por algumas horas”, disse Campêlo.
O secretário completou ainda que “nesse momento, nós comunicamos imediatamente ao governador Wilson Lima que tomou as providências como chefe do Estado do Amazonas. Percebam que a demanda de oxigênio entre vinte e nove de dezembro até a presente data teve uma súbita elevação inesperada, em menos de dez dias, nós percebemos esse consumo e também a necessidade da rede pública, que atende também a rede privada, para atender os leitos destinados ao coronavírus”, ressaltou Campello.