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Amazonas retribui ajuda e doa 200 cilindros de oxigênio para socorrer o Paraná

Após superar a maior crise na saúde em janeiro, com a falta de oxigênio, sendo socorrido por outros estados brasileiros, agora é a vez do Amazonas “estender a mão” para quem enfrenta o drama da falta de cilindros de oxigênio e o colapso em suas unidades hospitalares. O governo vai doar 200 cilindros de gás medicinal para o Paraná, que está com o sistema em colapso, principalmente, nas cidades do interior, pela explosão do número de caso de pessoas que foram infectadas pela Covid-19.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou nesta quinta-feira, 18, que equipes vão retirar os cilindros não usados nas unidades de saúde, como é o caso do hospital Platão Araújo e Serviço de Pronto-Atendimento (SPA) Joventina Dias. Serão recolhidos mais de 20 cilindros.

Os cilindros vão para o depósito da SES para serem preparados, abastecidos e, em seguida, enviados. Equipes da Polícia Militar estão ajudando a recolher os cilindros nos hospitais de Manaus.

Retribuição

O secretário-executivo de Assistência da capital, Jani Kenta Iwata, afirmou que a ação é uma maneira de retribuir a ajuda recebida durante a segunda onda de pandemia. “Muito importante a questão da retribuição e por isso a operação leva o nome de Gratidão”, afirmou.

Segundo o secretário-executivo, a operação tem o objetivo de fornecer 200 cilindros de oxigênio para o estado do Paraná. “Mas também teremos outros eixos: vamos receber pacientes do Acre e Rondônia, 12 pacientes de UTI e também 18 leves e moderados”, comentou.

A Operação Gratidão do Amazonas acontece no momento menos crítico da segunda onda da pandemia no Estado. Segundo a SES, o fornecimento de oxigênio está normalizado. Em janeiro e fevereiro, no auge da crise de saúde no Amazonas, o consumo diário de oxigênio chegou a 83 mil metros cúbicos e hoje está em 24 mil metros por dia.

Para evitar uma nova falta de oxigênio, o Governo do Amazonas instalou 37 miniusinas em 19 municípios com a ajuda do Ministério da Saúde (MS), que juntas produzem 18 mil metros cúbicos de oxigênio diariamente.

No total, serão enviadas 200 unidades, mas atualmente 100 estão disponíveis. As unidades de saúde que disponibilizaram cilindros foram: o hospital Platão Araújo (27 unidades), SPA Joventina Dias (20), SPA Coroado (20), Instituto da Criança do Amazonas (13), a Gerência de Patrimônio (Gepat) da SES-AM (12), o hospital 28 de Agosto (4) e a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (4).

Produção local

De acordo com o governo, a produção local de oxigênio pela White Martins já atende à demanda das unidades e a Secretaria da Saúde só está retirando cilindros das unidades em que não há risco de prejudicar o abastecimento de oxigênio.

“A operação é gratidão e esse é o sentimento que a equipe do Platão Araújo tem hoje. Nós recebemos insumos no pico da pandemia que nos ajudaram a salvar vidas. Todos esses cilindros foram para atendimentos dos nossos pacientes que estavam no corredor. Vale ressaltar que aqui no Platão Araújo não houve morte naquele período graças a toda essa mobilização do Estado e nacional”, ressaltou a diretora do Platão Araújo, Aída Tapajós.

De acordo com a SES, após o recolhimento de cilindros no HPS Platão Araújo, a força-tarefa que faz a coleta seguiu para o Serviço de Pronto Atendimento do Coroado, na Zona Leste de Manaus. Ao todo, 20 cilindros foram recolhidos do local. Desses, 19 são medicinais e apenas um industrial. Dos 20, 18 estão cheios. A força-tarefa deve seguir para o SPA Joventina Dias, na Zona Oeste da capital e demais hospitais da capital.

 Crise em janeiro

Atualmente o Amazonas tem 334.432 casos da doença e 11.672 óbitos, desses 8.258 em Manaus (1498 óbitos a mais que em 2020 somente em Manaus).

A taxa de ocupação da rede pública UTI para Covid-19 é de 79,09% e de leitos clínicos para 52,05% no estado.

Até o momento, cinco pacientes de Rondônia já foram transferidos para Manaus para tratamento de Covid-19 e estão no hospital Delphina Aziz. O governo disponibilizou ainda oito leitos de UTI para pacientes de outros estados, desses oito aguardam a chegada de seis pacientes do Acre – a ação foi anunciada domingo, mas até agora os pacientes não chegaram. A secretaria de saúde do Acre informou que aguarda aeronave da FAB para o transporte de pacientes.

No fim de 2020 e nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, Manaus passou pelo segundo pico da pandemia e precisou de ajuda com leitos de hospitais e oxigênio. No total, 542 pessoas foram transferidas para 17 estados brasileiros. Até a terça-feira, 16, nove pacientes ainda estavam internados, 432 pacientes receberam alta médica, dos quais 418 retornaram ao Amazonas.

Fonte: POrtal o Poder

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