Sérgio Moro pode ser cassado? Senador depõe nesta quinta-feira; entenda as ações contra ele
O senador Sergio Moro (União Brasil) é aguardado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR) para depor na tarde desta quinta-feira (7), a partir das 13h, no âmbito de duas ações que pedem sua cassação. Nos processos movidos pelo PL e pela federação PT, PV e PC do B e unificados em junho pela Justiça Eleitoral, o ex-juiz da operação Lava-Jato é acusado de abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido de meios de comunicação e contratos irregulares, na campanha de 2022.
Os partidos argumentam que ele teve vantagem indevida na disputa pelo Senado, porque a pré-campanha de Moro à Presidência, com gastos de mais de R$ 2 milhões, teria dado ao então candidato mais visibilidade em relação aos concorrentes pela vaga de senador. Segundo as ações, Moro investiu mais de R$ 6 milhões na candidatura, juntando o dinheiro usado na pré-campanha presidencial. Porém, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite que seja gasto em campanha para Senado R$ 4,4 milhões. O processo está na etapa de depoimentos.
Caso ele seja condenado, a chapa será cassada e Moro ficará inelegível por oito anos. Porém, o senador terá a possibilidade de recorrer ao TSE. Se a cassação for confirmada, serão convocadas novas eleições para senador no Paraná. Em caso de absolvição, os partidos que ingressaram com a ação também podem recorrer à Corte superior
No último pleito, Sergio Moro foi eleito senador pelo Paraná com 1,9 milhão de votos (33% do total).