Saúde

Empresa de radiologia não recebe repasse do Governo e técnicos e funcionários comunicam ao MPT e a empresa que no dia 30 de janeiro pararão 70% dos atendimentos

A empresa de radiologia dos hospitais: 28 de Agosto, Tropical, Platão Araújo, PSC Zona Sul e Joãozinho está indo para o terceiro mês sem receber os repasses de pagamentos do Governo do Amazonas referentes aos contratos com a saúde.

Até a presente data, a empresa vem mantendo o funcionamento das unidades hospitalares citadas acima com os recursos que tinha em caixa, logo, chegou ao ponto em que não tem mais de onde tirar verbas para manter as unidades de saúde.

Sendo assim, os colaboradores informaram a empresa que irão fazer uma paralisação de 70% dos atendimentos a partir do dia 30 de janeiro, ou seja, está terça-feira. Vale ressaltar que toda a parte médica de radiologia está parada há mais de 20 dias.

A falta de atenção do governo com saúde vem tornando tudo um caos. A falta de profissionais prejudica as cirurgias, as emergências, os atendimentos, todo o funcionamento das unidades de saúde que precisam de um radiologista, ultrassonografista ou cardiologista. Pacientes são diariamente prejudicados.

Praticamente todos os dias a empresa se desloca até a Secretaria de Saúde (SES) e a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) visando obter respostas sobre os pagamentos, mas nunca há previsão e isso causa enormes prejuízos, não só a empresa, mas a própria população.

Não há órgãos competentes que possam defender os empresários, logo, a empresa precisa arcar com rescisões trabalhistas indiretas, pedidos de indenização por atraso salarial, consequências da falta de compromisso do governo com o pagamento dos contratos da saúde.

A empresa está há mais de cinco anos no mercado de radiologia, exercendo um trabalho de excelência, nunca houve nenhuma reclamação dos atendimentos e hoje, devido a falta de repasses, a empresa vem sofrendo diversos ataques, como se a mesma fosse a responsável pelos repasses das verbas em atraso.

Fica aqui a indignação daqueles que sempre buscaram ajudar a saúde pública do Amazonas. E ainda se ressalta a solidarização com os pais de família que estão há três meses sem receber, causando atrasos em pagamentos de suas dívidas, falta de dinheiro para ir trabalhar e até mesmo a ausência de alimentos na mesa. A empresa tem feito o que pode, mas fica incapaz de assumir tamanha despesa sem a contraprestação do estado.

Veja as mensagens recebidas diariamente dos funcionários que não sabem mais o que fazer devido ao enorme atraso nos pagamentos:

Essa é a primeira vez que esse tipo de situação acontece, em nenhum governo interior a saúde sofreu tanto. Esperamos que alguém possa fazer alguma coisa para ajudar os funcionários e a empresa que sempre trabalhou dignamente pagando seus colaboradores e honrando com seus compromissos.

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