Manaus

Em Manaus, atos pró-Bolsonaro levam mais de 30 mil às ruas

Nesta terça-feira (7), as manifestações pró-Bolsonaro encabeçadas por Coronel Menezes, o Movimento Conservador do Amazonas e Romero Reis reuniram mais de 30 mil pessoas em Manaus, no Centro e Ponta Negra. Acompanhando os atos a favor do presidente da República em todo o país, os manifestantes lotaram os dois pontos da cidade reivindicando “liberdade” e gritando palavras de ordem contra o Supremo Tribunal Federal e o Senado. 

Em ambos os locais, carros de som e figuras infláveis gigantes de Jair Bolsonaro (sem partido) fizeram parte do cenário. Líder do Movimento Conservador do Amazonas e organizador do ato na Praça da Congresso, Sérgio Kruke disse que o ato demonstra o poder do povo. 

Queria mandar um recado para o STF, para alguns senadores e ministros: vocês podem mandar lá na casa de vocês, aqui na rua quem manda é a população patriota. Nós não temos medo de nada e estamos aqui botando a cara a tapa

, declarou.

Até a publicação dessa matéria, nenhuma ocorrência policial foi notificada em ambas manifestações. No entanto, a maioria dos manifestantes não utilizava máscara, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 2 mil manifestantes marcharam da Praça do Congresso até o Largo São Sebastião. 

Direita dividida

Em meio às tensões envolvendo o “racha” na direita amazonense, o ato bolsonarista  localizado na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, contou com grande participação popular. Reunindo cerca de 5 mil pessoas, a manifestação organizada pelo empresário Romero Reis (sem partido) e diversos políticos no Amazonas ‘parou’ o entorno da praia. 

  Com milhares de manifestantes vestidos com a camisa da Seleção Brasileira de Futebol, o evento tem como principal objetivo prestar apoio ao presidente da República e “mandar mensagem” ao Supremo Tribunal Federal (STF).  

Ao longo da orla da Ponta Negra, os presentes gritavam palavras de ordem contra o STF, principalmente direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes. O estudante de engenharia Marcelo Santos comentou alguns motivos que o levaram até o ato. 

“Não estamos aqui somente em prol do presidente Bolsonaro, estamos gritando pela nossa liberdade, estamos vendo prisões de pessoas que estão apenas expondo suas opiniões, coisa que não acontecia desde a época da ditadura. O ministro Alexandre de Moraes tem tomado várias decisões absurdas e nós não vamos tolerar esse tipo de ação”, declarou.

A grande maioria dos manifestantes não utilizava máscara durante o ato, desrespeitando as normas da Organização Mundial da Saúde, assim como decretos estaduais e municipais. Diversos membros da passeata também não faziam o descarte correto de garrafas nas cestas de lixo. 

Presença política

Além de Romero Reis, o ato na Ponta Negra contou com a presença de figuras políticas como Chico Preto (sem partido), os deputados federais Silas Câmara (Republicanos), Capitão Alberto Neto (Republicanos) e o vereador Carpê Andrade (Republicanos), que participou ativamente da organização da manifestação.

“Estamos junto de todas as pessoas de família e movimentos conservadores que querem o melhor para o Brasil. Não estamos satisfeitos com o rumo que o país está tomando. Vamos gritar pela nossa liberdade e direitos”, disse.

O evento ocorreu simultaneamente com as manifestações do Centro de Manaus, de autoria de Coronel Menezes e Sérgio Kruke, líderes do movimento conservador no estado. Semanas antes dos atos bolsonaristas, Kruke afirmou que o evento da Ponta Negra serviria de “mero trampolim político”.

Somos totalmente independentes da outra manifestação. Nós descobrimos que os políticos aqui de Manaus querem usar o ato para palanque. Eles não estão com intuito de fazer o melhor para o Brasil, e sim para o lado pessoal político. As pessoas que vão para a Ponta Negra verão um palanque político armado para fortalecer o nome desses políticos que estão indo para lá. Conosco, eles 

Fonte: Em tempo

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