Covid-19: brasileiro é povo que mais sente solidão na pandemia
No Brasil, o novo coronavírus (Covid-19) matou, até o momento, 259,2 mil pessoas e os números de óbitos diários são alarmantes. Nesta quarta-feira (2), foram registrados 1.910 mil.
De acordo com uma pesquisa feita pelo instituto Ipsos, que ouviu 23 mil pessoas de 28 países, em meio a pandemia, a população brasileira é a que mais se sente solitária.
No dia 23 de dezembro de 2020 e 8 de janeiro deste ano, foram realizado levantamentos, 50% dos mil entrevistados no Brasil, disseram sentir solidão “muitas vezes”, “frequentemente” ou “sempre”.
O Brasil ficou com o maior percentual referentes aos outros países, ouvidos na Pesquisa realizada pelo instituto Ipsos, seguida pelos turcos, com 46%, seguido pelos indianos (43%) e pelos sauditas (43%).
Ainda de acordo com a pesquisa, os que menos sofrem com a solidão são os holandeses (15%), seguidos pelos japoneses (16%) e poloneses (23%).
Dos brasileiros que participaram da pesquisa, 52% afirmaram que o sentimento cresceu nos últimos seis meses, e 21% falaram que o último semestre deve impactar na mente no futuro.
“Solidão da população brasileira”
O presidente da Ipsos no Brasil, Marcos Calliari, disse que as mortes no Brasil estão sendo preponderantes para aumentar o sentimento de solidão da população brasileira. com (informações da BBC News Brasil).
“O brasileiro sofreu demais na pandemia. Os números assustadores de contágio e de mortes, um dos piores índices do mundo, e o longo período de quarentena, ajudam a explicar esse sentimento”, explicou Marcos.
Marcos Calliari disse ainda, que houve também muita turbulência em relação às informações e procedimentos sobre a pandemia. Com isso, as pessoas ficaram e estão muito confusas e tristes sobre isso.
“O brasileiro é um povo bastante gregário. Gosta de estar com a família no Natal e no Ano-Novo. Como vivemos um período de distanciamento social, muita gente se sentiu sozinha nesse período”, destacou o presidente da Ipsos no Brasil.
Assim como os brasileiros, Marcos acredita que o futuro próximo também não deve mudar os índices.
“Vivemos o pior momento da pandemia. E a tendência é que o sentimento de solidão aumente e, somado à ansiedade e tristeza, isso pode causar problemas sérios de saúde mental no futuro”, acrescentou.
Fonte: Portal Pontual